O agravamento das contaminações por Covid-19 coloca a UNRWA (Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos) à beira da falência. Sem financiamento adicional, a entidade não conseguirá manter as atividades depois de dezembro.
Nesta terça (10), a porta-voz Tamara Alrifai afirmou que a falta de recursos deve afetar o pagamento dos 28 mil funcionários na linha de frente do combate à pandemia. Mais de 5,7 milhões de refugiados palestinos em todo o Oriente Médio demandam os serviços.
A situação preocupa: em julho, apenas 200 casos de transmissão do vírus foram confirmados entre os refugiados. Entre os dias 2 e 7 de novembro, porém, o volume de infectados já era de cerca de 17 mil.
Com um orçamento mensal de US$ 50 milhões, a agência demanda US$ 30 milhões até o final de novembro para pagar seus funcionários.
A UNRWA opera em Gaza e Cisjordânia, Líbano, Jordânia e Síria. A grande maioria das contribuições vêm de Estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas).
Além de conceder refúgio à população palestina, a UNRWA também trabalha pela estabilização das regiões de conflito através de centros de saúde e escolas para mais de 500 mil crianças.
Mesmo com o apoio político recorde na Assembleia Geral da ONU, a agência não recebeu doações suficientes em 2020. “No centro da nossa crise está um descompasso entre o apoio político que recebemos dos Estados-membros e as contribuições financeiras externas”, afirmou Alrifai.
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