O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, alega ter levado 94% dos votos nas eleições do último sábado (31), no qual disputava a reeleição para um terceiro mandato. Houve uma campanha de boicote ao pleito por parte da oposição.
No domingo (1), o líder opositor e ex-primeiro ministro, Pascal Affi N’Guessan, prometeu formar um governo de transição.
“Essa foi uma eleição simulada e marcada por muitas irregularidades”, disse N’Guessan à norte-americana The Nation. “Rejeito qualquer resultado da eleição e acredito que o mandato de Ouattara acabou”.
Até o momento, o presidente marfinense não se manifestou.
Milhares deixaram o país nas últimas semanas temendo uma nova onda de violência pós-eleições, como ocorreu em 2010, informou o britânico “The Guardian“.
À época, os protestos contra a derrota do ex-presidente Laurent Gbabgo deixaram mais de três mil mortos em todo o país, no oeste da África. Por enquanto, há registro de 30 mortes – cinco só no sábado, dia das eleições.
O conflito emergiu depois que uma manobra jurídica permitiu a recandidatura de Ouattara após a morte súbita do ex-premiê e seu antecessor, Amadou Gon Coulibaly, em julho.
Em 2016, uma reforma legislativa definiu que os presidentes só terão dois mandatos presidenciais consecutivos. Os apoiadores de Ouattara argumentam que o número de reeleições foi “zerado” em 2020.
Além da Costa do Marfim, a tensão cresce em boa parte da África, que vive disputas pós-eleitorais na Guiné e na Tanzânia, protestos generalizados na Nigéria e a tentativa de reerguer o Mali após um golpe de Estado.
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