Um magnata do setor de criptomoedas é o mais recente protagonista de uma série de mortes de figurões russos em circunstâncias misteriosas. Vyacheslav Taran, fundador do Forex Club e presidente do Libertex Group, morreu na queda do seu helicóptero na última sexta-feira (25), na Riviera Francesa. O fato foi confirmado pelo Kremlin somente na segunda (28), de acordo com a revista Newsweek.
Alexander Makogonov, porta-voz da embaixada russa em Paris, fez o anúncio. “A Embaixada da Rússia confirma a morte de Vyacheslav Taran em um acidente de helicóptero ocorrido na sexta-feira na área da comuna de Villefranche-sur-Mer”, disse ele à agência de notícias estatal russa Tass. “Representantes do consulado russo em Villefranche-sur-Mer estão mantendo contato com a família do falecido para resolver todos os assuntos administrativos”.
Desde o começo de 2022, mais de uma dúzia de figurões russos à frente de setores como combustíveis fósseis, transporte e mídia morreram em circunstâncias às vezes suspeitas. Em comum, todos fizeram críticas ao Kremlin e ao presidente Vladimir Putin.
As mortes ocorreram por suicídio ou em acidentes ainda não explicados desde o final de janeiro. Seis delas são associadas às duas maiores empresas do país, como a Gazprom. Entre os nomes está o de Ravil Maganov, presidente do conselho da maior empresa privada de petróleo da Rússia, a LUKoil, morto em setembro após supostamente cair de uma janela de hospital em Moscou.
Acidente inexplicável
O setor de criptomoedas também tem um histórico recente de mortes repentinas, embora nem todas de cidadãos russos. Taran, 53 anos, é o terceiro empresário de bitcoin a perder a vida de forma inesperada de outubro para cá. Além dele, morreram o também russo Nikolai Mushegian, 29, encontrado em uma praia de Porto Rico, e o chinês Tiantian Kullander, 30, morto enquanto dormia.
O desastre aéreo com o Airbus H130, um helicóptero de turismo considerado top de linha em todo o mundo, também matou um piloto francês de 35 anos. O fato de o acidente ter acontecido em condições climáticas favoráveis, bem como a desistência no último minuto de um outro passageiro não identificado, envolvem a morte do bilionário em mistério.
Taran, um especialista offshore de grande sucesso, vivia em Mônaco há dez anos. Ele deixa três filhos e a esposa Olga, fundadora do grupo de mídia Hello Monaco. Investigações sobre o acidente estão em andamento tanto pelas autoridades francesas quanto pela Airbus, fabricante do H130.
O tabloide britânico Dailymail repercutiu a informação da agência de notícias ucraniana Unian de que Taran era um “empresário bilionário de criptomoedas com prováveis laços com o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia'”. Não há, entretanto, evidências que endossem essa alegação.
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