A candidatura para o cargo de secretária-geral das Nações Unidas de uma jovem auditora, a indiana Arora Akanksha, 34, deve movimentar o processo de escolha para a nova liderança da ONU (Organização das Nações Unidas) ao longo deste ano.
A auditora é, até agora, a única oposição ao atual secretário e ex-alto comissário para refugiados, o português António Guterres. O líder da entidade já manifestou a vontade de permanecer no cargo a partir de 2022.
Sem experiência diplomática, Akanksha integra o corpo contábil da organização há cerca de quatro anos e defende uma “reforma urgente”.
Com a candidatura, Arora tornou-se a primeira pessoa a desafiar oficialmente um candidato ao segundo mandato da ONU desde o início do milênio.
Se vencer, será a primeira mulher a liderar a organização – um marco quase alcançado em 2016, quando sete mulheres concorreram com Guterres.
Neta de refugiados, a candidata diz ter “plena consciência” das dificuldades. Ao “The New York Times”, ela afirma que o seu orçamento para a campanha é de US$ 30 mil – a maior parte das suas próprias economias.
Nativa da Índia e cidadã do Canadá, a candidata apresentou uma carta formal de inscrição para o mandato no dia 17. No texto, ela afirma que a ONU não está cumprindo seu propósito. “Estamos falhando com aqueles a quem estamos aqui para servir”, diz.
“Não há coerência”, diz Arora
Arora foi contratada pela ONU em dezembro de 2016 para auxiliar na melhoria dos controles financeiros internos. Segundo ela, foi nesse momento que a admiração pela ONU se transformou em choque. “O sistema é tão incrível por fora, mas não há coerência para fazer as coisas”, disse.
Segundo ela, a ONU é “esclerótica, esbanjadora, à deriva, paternalista e condescendente” com muitos dos 44 mil funcionários ao redor do mundo. Arora afirma ainda que apenas 29 centavos de cada dólar da receita anual de US$ 56 bilhões vai para causas reais.
“Gastamos nossos recursos realizando conferências e escrevendo relatórios”, disse. “Todas essas atividades frívolas são publicidade. Perdemos o curso de por que existimos, o que devemos fazer. Se a ONU fosse uma empresa privada, estaria fora do mercado”.
A candidatura de Arora Akanksha ainda não foi endossada formalmente por nenhum dos 193 Estados-membros da ONU.
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