Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Pelo menos 39 pessoas morreram afogadas num naufrágio na ilha de Kerkennah, na Tunísia, na terça-feira (9), no Mediterrâneo Central. Um comunicado de agências da ONU aponta que há 134 sobreviventes, a maioria da Costa do Marfim.
A guarda costeira tunisiana resgatou as vítimas logo após do barco virar. A operação sofreu limitações devido às condições climáticas adversas no momento do acidente.
A OIM (Organização Internacional para as Migrações) e a Acnur (Agência da ONU para os Refugiados) expressaram profunda tristeza com a perda de vidas após casos de naufrágio no Mediterrâneo Central.
No mesmo dia, agentes de segurança resgataram uma embarcação com 70 pessoas em outro incidente ocorrido na costa da cidade tunisiana de Jebeniana. A bordo estavam quatro crianças.
Em 2021, cerca de 190 pessoas perderam a vida enquanto tentavam atravessar o Mediterrâneo Central, o equivalente a três mortes por dia. Pelo menos 5,7 mil chegaram à Itália a partir do norte da África.
“O Mediterrâneo Central continua matando milhares de pessoas nas viagens perigosas durante a fuga da pobreza extrema, do conflito ou em busca de uma vida melhor”, disse o chefe do Escritório da OIM na Tunísia, Azzouz Samri.
Assistência
Samri elogiou os esforços de resgate das autoridades tunisianas. Ele reiterou que a agência continuará a apoiar a prestação de assistência humanitária urgente aos resgatados no mar.
O representante repetiu o pedido de “ações de busca e salvamento feitos de uma forma proativa” na travessia marítima mais perigosa do mundo. Outro apelo é que seja definido um local de desembarque claro e seguro para os resgatados no mar.
As agências da ONU alertam para a prioridade de se levar ao tribunal os grupos de contrabandistas e traficantes que se aproveitam das vulnerabilidades e colocam migrantes em viagens arriscadas.
Atuando com parceiros, a OIM e o Acnur prestam ajuda emergencial e de saúde aos sobreviventes. Em 2021, as autoridades tunisianas realizaram 21 operações de resgate marítimo de barcos que algumas vezes partiram da costa da Líbia.
Para a representante do Acnur na Tunísia, Hanan Hamdan, a abordagem do país mostra que é possível garantir a segurança dos resgatados e, ao mesmo tempo, assegurar a saúde e a segurança de comunidades anfitriãs.
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