Trinta soldados do Exército da Nigéria foram mortos em um ataque nesta quarta (10), em Borno, nordeste do país e epicentro da insurgência jihadista. O ISWAP (Estado Islâmico da África Ocidental) assumiu a autoria do atentado, segundo a agência independente Sahara Reporters.
Dois veículos carregados de explosivos se chocaram contra um comboio militar em Wulgo. Os terroristas, de uma dissidência do Boko Haram, disseram ter apreendido cerca de 25 rifles AK-47, três armas antiaéreas, três metralhadoras e duas granadas automáticas.
Os extremistas ainda levaram dois caminhões-atiradores e munições. Quatro veículos militares foram destruídos. Líderes do ISWAP reclamaram o ataque horas depois que tropas da Nigéria enfrentaram os insurgentes em uma troca de tiros na comunidade de Marte.
O ISWAP se separou do Boko Haram em 2016 e, desde então, se concentra em alvos militares e ataques de alto perfil – inclusive contra trabalhadores humanitários.
É comum que o exército nigeriano negue a presença da insurgência e minimize suas perdas para os extremistas. Assim como o Boko Haram e os militantes da Fulani, o ISWAP defende o fim da influência ocidental e a implantação da lei religiosa islâmica da sharia.
Só o ISWAP já causou mais de 40 mil mortes e forçou o deslocamento de milhões de pessoas nas regiões de Adamawa, Borno e Yobe, no norte da Nigéria.
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