Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
O Ocha (Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários) informou que cerca de 2,7 milhões de somalis enfrentarão insegurança alimentar em situação de crise ou pior, a partir do próximo mês.
O número inclui 840 mil crianças menores de 5 anos. Desde novembro, dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas devido à extrema escassez de água. As previsões já indicam que a estação das chuvas, entre março e junho, terá níveis abaixo da média.
Condições próximas da seca já estão sendo relatadas em partes dos estados da Somalilândia, Puntland, Hirshabelle, Galmudug e Jubaland, depois das fracas chuvas sazonais no final do ano passado.
A perda de pastagens alimentadas pela chuva está ameaçando a sobrevivência do gado, que é a base do sustento de muitos somalis. Deslocados internos contaram ao Ocha que estão buscando água e pasto para seus animais.
Ajuda humanitária
As organizações humanitárias entregaram água a 300 mil pessoas em áreas afetadas pela escassez. E o Fundo Humanitário da Somália liberou US$ 13 milhões para ampliar a resposta.
Uma alocação de resposta rápida de US$ 7 milhões do Cerf (Fundo Central de Resposta a Emergências) também está sendo autorizada. Até US$ 20 milhões serão destinados para financiar outras ações de prevenção.
Uma série de problemas humanitários, incluindo conflito, insegurança alimentar e clima irregular, afeta os somalis há décadas. Este ano, a ONU e parceiros pretendem alcançar 4 milhões de pessoas com ajuda humanitária. As organizações pediram US$ 1 bilhão para resposta, mas apenas 2,5% desse financiamento está garantido.
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