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sexta-feira, 25 de março de 2022

EUA adicionam políticos russos, banqueiros e empresas de defesa à lista de sanções financeiras

O governo dos EUA, através de seu Departamento do Tesouro, anunciou na quinta-feira (24) a inclusão de mais de 400 indivíduos e entidades, todos considerados aliados do presidente russo Vladimir Putin, à lista de sanções financeiras impostas em virtude da guerra na Ucrânia.

Em comunicado, o Tesouro afirmou que a relação “inclui dezenas de empresas de defesa russas, 328 membros da Duma Estatal Russa e o chefe da maior instituição financeira da Rússia”, no caso, Herman Gref, diretor do Sberbank.

“Essa ação se alinha com ações semelhantes adotadas pela União Europeia (UE), Reino Unido e Canadá e reflete a unidade contínua para responsabilizar Putin por sua guerra de escolha”, diz o texto.

Outro oligarca inserido na lista é Gennady Nikolayevich Timchenko, importante aliado de Putin e líder do grupo financeiro Volga. A mulher dele, Elena Petrovna Timchenko, e a filha, Natalya Browning, foram igualmente listadas. A nova leva de sanções também atinge Ksenia Gennadevna Frank, membro do grupo Volga, e o marido dela, Gleb Sergeevich Frank.

Vladimir Putin na Duma, março de 2020 (Foto: Wikimedia Commons)

No total, 340 membros da Duma (a câmara baixa do parlamento russo) já foram sancionados pelos EUA, sendo que outros 12 entraram na relação no dia 11 de março. Eles são acusados de “apoiar as violações do Kremlin da soberania e integridade territorial da Ucrânia, inclusive por meio de tratados que reconhecem a autoproclamada independência das áreas controladas por representantes russos do leste da Ucrânia, as chamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Luhansk (RPL)”.

As mais recentes sanções atingem, ainda, 48 empresas ligadas aos serviços de defesa da Rússia. Segundo o documento, essas companhias “produzem armas que foram usadas no ataque da Rússia contra o povo, a infraestrutura e o território da Ucrânia”. O Tesouro afirma que a inclusão na lista visa a produzir um “efeito profundo e duradouro na base industrial de defesa da Rússia e em sua cadeia de suprimentos”.

O Secretário de Estado Antony Blinken também comentou as sanções. “Com nossos parceiros e aliados, os Estados Unidos pretendem atingir o coração da capacidade da Rússia de se engajar na guerra e realizar agressões contra outros países, incluindo a Ucrânia”, disse ele em comunicado oficial. “Continuaremos a impor custos até que Putin encerre esta guerra não provocada contra a Ucrânia”.

No mesmo texto, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou que Washington aprovou um apoio extra à segurança da Ucrânia no total de US$ 800 milhões, totalizando US$ 1 bilhão entregues a Kiev somente nas últimas duas semanas, para fortalecer as defesas do país contra a agressão russa.

Sanções britânicas

O Reino Unido também anunciou 65 novas sanções na quinta-feira (24), segundo comunicado da ministra das Relações Exteriores Liz Tuss. Como no caso dos EUA, os alvos são indústrias estratégicas, bancos e a elite empresarial russa.

Um nome que se destaca na relação britânica é o do Wagner Group, misteriosa organização paramilitar privada acusada de cometer crimes de guerra em conflitos dos quais participou em diversas partes do mundo. Na Ucrânia, suspeita-se que esses mercenários tenham sido encarregados do assassinato do presidente Volodymyr Zelensky, de acordo com o site noticioso europeu Politico.

Paralelamente às sanções, o governo britânico anunciou que oferecerá ao Tribunal Penal Internacional (TPI) apoio militar, policial e financeiro para reforçar as investigações de eventuais crimes de guerra cometidos por tropas russas sob o comando do presidente Vladimir Putin.

“Um adicional de 1 milhão de libras em financiamento será fornecido, e soldados com experiência militar serão designados ao TPI para ajudar a descobrir evidências de crimes de guerra”, diz um comunicado oficial, que fala ainda em “ajudar a descobrir evidências de tais crimes e, finalmente, buscar justiça”.

Por que isso importa?

A escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia, que culminou com a efetiva invasão russa ao país vizinho no dia 24 de fevereiro, remete à anexação da Crimeia pelos russos, em 2014, e à guerra em Donbass, que começou naquele mesmo ano e se estende até hoje.

O conflito armado no leste da Ucrânia opõe o governo central às forças separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que formam a região de Donbass e foram oficialmente reconhecidas como territórios independentes por Moscou. Foi o suporte aos separatistas que Putin usou como argumento para justificar a invasão, classificada por ele como uma “operação militar especial”.

“Tomei a decisão de uma operação militar especial”, disse Putin pouco depois das 6h de Moscou (0h de Brasília) de 24 de fevereiro, de acordo com o site independente The Moscow Times. Cerca de 30 minutos depois, as primeira explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, e logo em seguida em Mariupol, no leste do país, segundo a agência AFP.

Desde o início da ofensiva, as forças da Rússia caminham para tentar dominar Kiev, que tem sido alvo de constantes bombardeios. O governo da Ucrânia e as nações ocidentais acusam Moscou de atacar inclusive alvos civis, como hospitais e escolas, o que pode ser caracterizado como crime de guerra ou contra a humanidade.

Fora do campo de batalha, o cenário é desfavorável à Rússia, que tem sido alvo de todo tipo de sanções. Além das esperadas punições financeiras impostas pelas principais potencias globais, que já começaram a sufocar a economia russa, o país tem se tornado um pária global. Representantes russos têm sido proibidos de participar de grandes eventos em setores como esporte, cinema e música.

De acordo com o presidente dos EUA, Joe Biden, as punições tendem a aumentar o isolamento da Rússia no mundo. “Ele não tem ideia do que está por vir”, disse o líder norte-americano, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin. “Putin está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”.

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