O Ministério Público de Belarus pediu nesta terça-feira (31) 12 anos de prisão para Maria Kolesnikova, uma das principais vozes de oposição no país, informou a emissora Euronews. Ela é acusada de tramar a derrubada do regime autoritário do presidente Alexander Lukashenko, contra quem liderou movimentos.
O julgamento de Kolesnikova, de 39 anos, começou no início de agosto, após meses de repressões em Belarus contra a imprensa, defensores dos direitos humanos e ativistas.
Ela está presa desde setembro do ano passado e vem sendo julgada ao lado de seu ex-advogado Maxime Znak. Ambos trabalharam para o candidato presidencial Viktor Babaryko, detido antes do pleito e impedido de concorrer. Ele foi condenado em julho a 14 anos de prisão, acusado de fraude.
“Kolesnikova e Znak podem pegar até 12 anos de prisão. As deliberações a portas fechadas aconteceram nesta terça, e o promotor pediu esta sentença”, disse a assessoria de imprensa de Babaryko em um comunicado.
Kolesnikova foi detida após resistir a uma tentativa das autoridades de expulsá-la do país, pulando da janela de um carro e rasgando seu passaporte.
A sentença deve ser anunciada na próxima segunda-feira (6).
Por que isso importa?
Milhares de oponentes do regime de Lukashenko foram presos ou forçados ao exílio desde as controversas eleições no ano passado. O presidente, chamado de “último ditador da Europa”, está no poder desde 1994.
Mas a imagem autoritária não parece incomodar Lukashenko, mesmo em meio a protestos violentos e desconfiança crescente após a sexta reeleição em 2020, pleito com fortes indícios de fraude. A porta-voz do presidente, Natalya Eismont, chegou a afirmar em 2019, na televisão estatal, que a “ditadura é a marca” do governo de Belarus.
De lá para cá, as autoridades do país têm sufocado organizações não governamentais e a mídia independente como parte de uma repressão brutal contra cidadãos que contestam os resultados oficiais do pleito.
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