Um militante do Estado Islâmico (EI) foi morto em Bagdá na segunda-feira (27) por Forças de Mobilização Popular (PMF, da sigla em inglês), coalizão paramilitar integrada ao Estado iraquiano. As informações são do portal Rudaw.
O combatente islâmico foi abatido durante uma operação das PMF
no distrito de Tarmiyah, que frustrou uma infiltração do EI na região localizada ao norte da capital do Iraque.População e forças de segurança são vítimas frequentes de ataques extremistas em
Tarmiyah. Relatos na comunidade dão conta de que os jihadistas cometem extorsão contra a população, além de usar a localidade como base estratégica para lançar ofensivas a Bagdá.Em maio, uma explosão supostamente de responsabilidade de terroristas do EI matou quatro soldados no mesmo distrito.
Para tentar conter a ação dos rebeldes, o primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kadhimi anunciou uma nova operação de contraterrorismo no mês passado.
De acordo com a mídia estatal, as PMF também frustraram o que foi classificado como um “complô terrorista” do EI na vila de al-Hussainiya, a sudoeste de Mosul. A força localizou dispositivos explosivos, que foram desativados antes de serem detonados.
Na última edição de sua revista semanal al-Nabaa, instrumento de propaganda do EI, a organização afirmou que realizou seis ataques no Iraque, no período de 17 a 23 de setembro. As ações resultaram em 11 mortes.
Por que isso importa?
Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos.
Desde então, houve uma redução das ações da organização terrorista no país. No entanto, as forças de segurança iraquianas ainda são alvo de ataques surpresa e bombas pelas estradas da região montanhosa ao norte onde se escondem os extremistas.
No Brasil
Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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