A ação de extremistas terminou com a morte de ao menos cinco agentes de inteligência do Sudão, na terça-feira (28), na capital Cartum. Houve troca de tiros entre os jihadistas e os oficiais de segurança durante uma ação empreendida pelas autoridades locais contra uma base dos militantes. As informações são do site saudita Arab News.
Segundo a agência de inteligência do Sudão, cinco homens foram mortos e outros cinco ficaram feridos na ação. O órgão atribuiu o ataque ao Estado Islâmico (EI), dizendo ainda que 11 combatentes do grupo extremista foram presos.
Horas depois, porém, um grupo extremista até então desconhecido, autointitulado Movimento para Pregação e Combate, assumiu a autoria dos crimes e disse não ter nenhuma relação com o EI. Eles também citaram uma sexta vítima fatal no ataque, contra cinco mortos informados pelo governo.
“Os mujahideen (combatentes islâmicos) do Movimento para Pregação e Combate conseguiram matar seis infiéis da força ofensiva, incluindo três oficiais superiores e dois soldados”, disse o grupo em um comunicado. Os jihadistas também assumiram a autoria de um atentado contra o primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok, em março de 2020. Até então, os autores do ataque eram desconhecidos.
Por que isso importa?
No final de 2012, o Sudão finalmente foi excluído pelos EUA da lista de patrocinadores do terrorismo, após cerca de 30 anos. A medida serviu para pavimentar a reconciliação do país com a comunidade internacional após a queda do ditador Omar al-Bashir, em 2019.
desde então, o novo governo busca recuperar a sua imagem e, assim, voltar o mercado financeiro internacional a fim de tentar impulsionar sua economia, através de empréstimos e investimentos globais. Hoje, a dívida externa do Sudão chega a US$ 60 bilhões.
Á época, Hamdok, celebrou a saída. “Oficialmente, vamos a integrar a comunidade internacional como uma nação pacífica”.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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