O Senado dos EUA fez um alerta à Turquia para que encerre as negociações para a compra de um sistema russo antimísseis. Do contrário, o país, que é aliado da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), irá sofrer novas sanções de Washington, informou o jornal The Straits Times.
A sinalização chegou um dia antes de um encontro entre os presidentes Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, e Vladimir Putin, da Rússia, que ocorre nesta quarta-feira (29), em Sochi.
Os países têm negociado a transferência de tecnologia e a compra de um segundo sistema antiaéreo S-400 por parte dos turcos. De acordo com Alexander Mikheyev, chefe da exportadora estatal russa de armas Rosoboronexport, a negociação estaria em fase final.
Erdogan já havia declarado em uma entrevista à emissora norte-americana CBS News, na semana passada, que pretende fechar o negócio.
A declaração do presidente turco repercutiu negativamente no Senado dos EUA. Tanto que o democrata Bob Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores, respondeu alertando que as sanções eram impostas por lei contra “qualquer entidade que faça negócios significativos com os setores militares ou de inteligência russos”.
No Twitter, o político escreveu que “qualquer nova compra pela Turquia deve significar novas sanções”.
We were crystal clear when we wrote the CAATSA law: Sanctions are mandated for any entity that does significant business with the Russian military or intelligence sectors. Any new purchases by Turkey must mean new sanctions. https://t.co/FfFTxjRKlI
— Senate Foreign Relations Committee (@SFRCdems) September 27, 2021
Em dezembro de 2020, os EUA aplicaram sanções à Turquia após o país comprar um sistema de mísseis terra-ar S-400 da Rússia. À época, Washington já havia removido os turcos da parceria F-35, que reúne outros países interessados em jatos da Lockheed Martin.
As penalidades incluíram a proibição de todas as licenças de exportação dos EUA e o congelamento de ativos ao SSB – órgão responsável por todas as compras, projetos e aquisições da Turquia, desde as Forças Armadas até serviços de inteligência.
A Turquia se recusou a descartar a primeira bateria S-400 que adquiriu em 2019.
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