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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Ataque de drone na Síria mata ao menos dois líderes de grupo ligado à Al-Qaeda

Um ataque de drone empreendido pelas forças de coalizão, sob a liderança dos Estados Unidos, matou ao menos dois extremistas na província de Idlib, no noroeste da Síria, na segunda-feira (20). As informações são da ONG britânica SOHR (Observatório Sírio dos Direitos Humanos, da sigla em inglês).

De acordo com o site The New Arab, veículo árabe sediado em Londres, estavam no veículo três figuras importantes do grupo extremista Hurras Al-Din, associado à Al-Qaeda. Um dos mortos foi identificado como sendo Abu Al-Bara al-Tunisi, que liderava o grupo e havia escapado de duas tentativas de assassinato anteriores. Não há informações sobre a identidade da segunda vítima, nem se o terceiro indivíduo morreu.

“As primeiras indicações são de que atingimos o indivíduo que procurávamos, e não há indícios de vítimas civis como resultado do ataque”, disse a tenente da Marinha Josie Lynne Lenny, em um comunicado publicado pelo site do jornal The Washington Post.

No Twitter, o analista Charles Lister, especialista em Síria, postou fotos do que seria o veículo atingido pelo ataque.

Por que isso importa?

Idlib continua sob o controle dos rebeldes e tem forte presença de grupos extremistas, enquanto o governo promete retomar o controle da província. Já as ações militares diminuíram consideravelmente desde que foi negociado um cessar-fogo entre a Turquia, que apoio os rebeldes, e a Rússia, partidária do presidente Bashar Al-Assad.

A guerra civil, que já dura dez anos, deixou mais de 13 milhões de pessoas dependentes de ajuda humanitária segundo dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas). Somente na região noroeste há 4 milhões de pessoas nessa situação. 

O conflito opôs Rússia e Irã, aliados ao governo de Al-Assad, à Turquia. Mais de 590 mil pessoas morreram durante a guerra, que varreu a nação e deslocou mais da metade da população, que era de 23 milhões de pessoas.

Desde 2011, a oposição e líderes ocidentais exigem a saída de Assad, a quem acusam de crimes contra a humanidade. Apoiadores de Assad, por outro lado, criticam o que consideram uma interferência de Washington com o intuito de derrubar o presidente.

Ataque de drone dos EUA mata ao menos dois líderes de grupo ligado à Al-Qaeda
Carro atingido por ataque de drone dos EUA na Síria (Foto: reprodução/twitter.com/Charles_Lister)

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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