Um jornalista de Belarus foi sentenciado a 18 meses de prisão nesta segunda-feira (2) por “insultar” o presidente Aleksander Lukashenko e caluniar dois policiais, informou a emissora Radio Free Europe (RFE).
O caso de Syarhey Hardzievich, 50 anos, é mais um episódio da crescente perseguição do governo belarusso contra a mídia independente, defensores dos direitos humanos e ativistas – um dos expoentes, Vitaly Shishov, foi encontrado morto na Ucrânia nesta terça (3).
O jornalista, natural de Drahichyn, cidade a cerca de 300 quilômetros da capital Minsk, também foi condenado por um tribunal local a pagar uma multa equivalente a US$ 1,6 mil (R$ 8,4 mil), revelou a Associação de Jornalistas de Belarus.
Hardzievich, que trabalha para um veículo regional popular chamado “The First Region“, rejeita as acusações.
O centro de direitos humanos de Vyasna, maior órgão de defesa dos direitos humanos do antigo país soviético e uma das principais fontes de informação sobre detenções e prisões políticas, declara Hardzievich como “preso político”.
Segundo relatório do órgão, somente em julho, a polícia belarussa fez mais de 200 batidas em escritórios e apartamentos de ativistas e jornalistas. Dezenas deles permanecem sob custódia, aguardando julgamento ou cumprindo pena.
Repressão pós eleições
As autoridades do país aumentaram a pressão contra organizações não governamentais e mídia independente como parte de uma repressão brutal contra cidadãos que contestam os resultados oficiais das eleições presidenciais de agosto de 2020.
As autoridades eleitorais declararam Lukashenko o vencedor, mas os manifestantes e líderes da oposição dizem que os resultados foram fraudados a seu favor.
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