Ao menos 15 ativistas foram presos nesta quinta (1º ) na cidade de Shymket, no sul do Cazaquistão. Eles protestavam em favor da libertação de presos políticos e contra as decisões da Justiça de proibir atividades de dois movimentos de oposição ao governo no país. Três dos integrantes detidos estão em greve de fome há semanas. As informações são da Radio Free Europe (RFE).
Segundo a matéria, os militantes teriam sido cercados em frente à prefeitura por cerca de 50 homens, vestidos aparentemente como civis, e foram conduzidos à força a uma delegacia de polícia.
O chefe da seção anti-extremista do departamento de polícia da cidade, Ernar Altaev, presente no ato, não quis se manifestar sobre as prisões. Repórteres da RFE relataram que tiveram suas câmeras cobertas por guarda-chuvas por dois homens mascarados no momento em que os militantes eram detidos. Este método, segundo o veículo, era prática comum na antiga república soviética.
Greve de fome
Dezenas de ativistas estão em greve de fome desde 19 de junho em várias cidades do país. Eles reivindicam o cancelamento das decisões judiciais que rotulam seus atos como extremistas e que proibiram o movimento de oposição Escolha Democrática do Cazaquistão (DVK, sigla em cazaque) e o partido associado Koshe. Muitos deles foram presos nos últimos anos por críticas ao governo cazaque e militância partidária.
Grupos de direitos humanos afirmam que a legislação do Cazaquistão fere padrões internacionais. Isso porque, apesar de a constituição do país da Ásia Central garantir a seus cidadãos o direito de promover atos públicos, a lei prevê ação penal para quem organiza e participa de comícios que não obtiveram permissão prévia das autoridades.
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