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quarta-feira, 10 de março de 2021

Com Biden, EUA concordam em dividir custos de defesa na Coreia do Sul

Representantes de Washington e Seul concordaram em uma nova divisão de custos das tropas militares dos EUA estacionadas na Coreia do Sul, confirmou a agência sul-coreana Yonhap no domingo (7).

A decisão é um avanço nas relações entre os países após o fim do governo de Donald Trump. Em seu mandato, o ex-presidente exigiu um pagamento até quatro vezes maior que o previsto para manter os 28,5 mil soldados na península.

“O SMA (Acordo de Medidas Especiais, em inglês) fortalecerá nossa aliança e defesa compartilhada”, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. Segundo ele, o acordo contempla um “aumento significativo” nas contribuições para reforço na segurança na fronteira das Coreias.

Com Biden, EUA concordam em dividir custos de defesa na Coreia do Sul
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em agenda em março de 2021 (Foto: U.S. Department of State/Ron Przysucha)

Os governos não informaram qual foi a porcentagem atribuída à Coreia do Sul para a permanência das tropas norte-americanas no país. A porcentagem dessa divisão, porém, deve ser maior que 13% – valor oferecido por Seul em 2020.

O acordo deve incluir aumentos obrigatórios no orçamento de defesa da Coreia do Sul, assim como a garantia de novas compras de equipamento militar, disse uma fonte envolvida nas negociações à CNN.

Há presença de tropas norte-americanas na península coreana desde 1953, com o armistício que na prática encerrou a guerra responsável por dividir o país em dois. Nunca houve um acordo de paz definitivo entre Seul e Pyongyang.

Coreia do Norte

As tratativas começaram em fevereiro, após uma revisão da política de Washington a respeito da Coreia do Norte. Um relatório confidencial das Nações Unidas sobre o desenvolvimento de material nuclear por Pyongyang pode ter acelerado o acordo.

O último SMA expirou no final de 2019. À época, Seul se recusou a pagar US$ 5 bilhões para manter as tropas dos EUA na Coreia. Naquele ano, a Coreia do Sul pagou US$ 870 milhões pela permanência dos soldados.

Washington e Seul devem assinar o acordo após um processo de revisão interna. Além da divisão, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitará a Coreia do Sul e o Japão na próxima quarta (17), em sua primeira viagem internacional no cargo.

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