Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) lançou um projeto de 3,5 milhões de euros para melhorar a segurança alimentar na maior área transfronteiriça de conservação terrestre do mundo.
A proposta, que também prevê a gestão sustentável dos animais selvagens da África Austral, tem colaboração da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento).
A Área de Conservação de Kavango-Zambezi estende-se pela Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue. Todos os anos, é destino de migração em larga escala de várias espécies. Pelo menos 50% da população total dos elefantes africanos estão no local.
Megafauna
A área também abriga comunidades rurais pobres que dependem da agricultura, pesca e caça para o sustento. Nem sempre, porém, conseguem alcançar este objetivo por conta das chuvas irregulares e seca frequente.
Através do programa de Gestão Sustentável da Vida Selvagem, o projeto deve mitigar as ameaças de caça insustentável em algumas áreas e fechar a fragmentação dos habitats em parceria com os governos do Botsuana e Namíbia.
As práticas podem vedar os animais dos recursos necessários à sua sobrevivência e incluem a caça furtiva e o abate indiscriminado devido ao conflito com homens.
“Com o projeto, pretendemos beneficiar a vida selvagem e os ecossistemas na Área de Conservação e resiliência das comunidades que deles dependem para alimentação e renda”, disse o diretor Florestal da FAO, Mette Wilkie.
O foco do projeto é desenvolver uma rede comunitária de conservação e de organizações baseadas na comunidade. A medida deve auxiliar na gestão dos territórios regionais e garantir a conservação dos recursos naturais.
A Namíbia dispõe de uma rede de 86 comunidades de conservação, que juntos cobrem 20% do país e albergam cerca de 230 mil pessoas. Em 2018, ações de conservação contribuíram com mais de US$ 10 milhões na renda, remuneração e alimentação.
Os benefícios reverteram US$ 62 milhões a favor do tesouro público e devem criar mais de 5,3 mil empregos na África Austral.
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