A gigante do comércio eletrônico Flipkart, do grupo Walmart, confirmou nesta quinta-feira (5) que está sob investigação na Índia. As autoridades indianas ameaçam aplicar uma multa bilionária ao grupo de e-commerce por supostas violações das leis de investimento estrangeiro do país, informou a agência Reuters.
A agência de crimes financeiros da Índia vem investigando a Flipkart desde 2014 por supostamente desrespeitar a legislação que à época proibia investimento estrangeiro direto no setor de comércio. A multa aplicada ao grupo pode chegar a US$ 1,35 bilhão.
A empresa também é acusada de armar uma complexa teia de negócio para driblar a legislação indiana, favorecendo determinados vendedores externos dentro de suas plataformas e causando prejuízos aos menores comerciantes.
No começo de julho, os fundadores da Flipkart, Sachin Bansal e Binny Bansal, bem como o atual investidor, a Tiger Global, foram convocados para darem explicações à agência. Um porta-voz da Flipkart disse que a empresa está “em conformidade com as leis e regulamentos indianos”.
Valorização
A Flipkart, fundada em 2007 por dois ex-funcionários da Amazon, levantou dinheiro de investidores estrangeiros no início para expandir sua plataforma. No mês passado, a valorização da marca dobrou para US$ 37,6 bilhões em menos de três anos.
O controle acionário da empresa de comércio eletrônico foi comprada pela Walmart por US$ 16 bilhões em 2018, o maior investimento estrangeiro de todos os tempos na Índia.
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