A ONU (Organização das Nações Unidas) tem cobrado a comunidade internacional por uma ação incisiva em Mianmar. Mary Lawlor e Tom Andrews, relatores para os Direitos Humanos na entidade, sugerem “uma ação forte, coordenada e focada, que inclua sanções econômicas e embargo de armas”.
Para os especialistas, Mianmar está enfrentando “uma campanha de terror com uma força brutal”. Eles sugerem a criação de “uma coalizão de emergência de nações” para agir contra a junta de Mianmar, onde quase 900 pessoas foram mortas desde o golpe, segundo a ONU.
Os relatores da ONU receberam denúncias de “fontes fidedignas” de que defensores de direitos humanos foram alvo de mandados de prisão e estão sendo obrigados a se esconder para fugir da violência governamental no país asiático.
Esses ativistas tiveram suas casas invadidas, seus bens apreendidos e houve ameaça e assédio contra familiares. Muitos que não conseguiram fugir acabaram sendo detidos, incluindo defensores dos direitos trabalhistas.
Coalizão Internacional
Desde o golpe de Estado em Mianmar, houve ainda a prisão de advogados e de jornalistas que estavam cobrindo os protestos. Segundo Lawlor, esses profissionais têm documentado as violações em massa por parte dos militares e, por isso, têm sido alvo.
Na declaração conjunta, os relatores da ONU destacam que “o povo de Mianmar precisa, desesperadamente, de ação”. Lawlor e Andrews pedem, a todas as nações, o “apoio às pessoas feitas reféns pela junta militar ilegal”.
Violência a Mulheres
Lawlor e Andrews também destacam o trabalho de mulheres que são defensoras dos direitos humanos em Mianmar e estão sob risco, incluindo as que vivem em áreas rurais remotas.
Os especialistas da ONU destacam que essas mulheres geralmente são espancadas e recebem chutes antes de serem levadas à prisão, onde podem ser vítimas de tortura e de violência sexual.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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