Os governos do Egito, Etiópia e Sudão retomaram as negociações sobre a disputada barragem do Nilo Azul neste domingo (3), após seis semanas de paralisação. Autoridades dos três países confirmaram o retorno à Associated Press.
Cartum emperrou as tratativas ainda em novembro, quando instou a UA (União Africana) a intervir nas negociações sobre o enchimento do reservatório, de 74 bilhões de metros cúbicos.
O país defende que o movimento afeta a já escassa oferta de água às populações egípcia e sudanesa.
Agora os países devem deliberar sobre como funcionará o enchimento e a operação da Grande Barragem da Renascença. A quantia de água dispensada pela Etiópia aos demais países em períodos de seca continua como o centro da disputa.
Em teleconferência neste domingo, um representante do Ministério de Irrigação do Sudão afirmou que os três países manterão diálogo com analistas da União Africana antes da próxima reunião, agendada para o próximo domingo (10).
A barragem do Nilo Azul é a maior estrutura hidrelétrica do tipo na África. Com a operação, a Etiópia busca se tornar a principal exportadora de energia do continente africano.
Cerca de 85% do fluxo do Rio Nilo se origina nos rios Nilo Azul e Nilo Branco, dentro do território etíope. A expectativa é que a estrutura alcance a capacidade total de geração de energia até 2023.
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