A contínua e séria escalada de violência dentro e ao redor de Gaza entre militantes palestinos e Israel custou mais vidas na madrugada (horário local) desta terça-feira (9). Forças israelenses mataram três lideranças do grupo Jihad Islâmica durante ataques aéreos direcionados na Faixa de Gaza. De acordo com autoridades de saúde palestinas, 13 pessoas perderam a vida no total, incluindo esposas dos militantes e crianças. As informações são da agência Associated Press.
A ofensiva, que contou com 40 aviões de guerra e helicópteros que sobrevoaram áreas residenciais densamente povoadas, prepararam o terreno para uma nova rodada de confrontos, já que o grupo militante palestino prometeu vingança, e seus membros baseados em Gaza devem responder com disparos de foguetes contra Israel.
Entre os alvos do exército israelense esteve o último andar de um prédio de apartamentos, onde moradores precisaram ser evacuados. Segundo o Ministério da Saúde palestino, 20 pessoas ficaram feridas e estão em estado grave ou crítico. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram os ataques aéreos.
BREAKING| The Israeli occupation warplanes are launching a series of airstrikes on several areas in the Gaza Strip. #GazaUnderAttack pic.twitter.com/t9DK0SnmYu
— PALESTINE ONLINE (@OnlinePalEng) May 8, 2023
O ataque seletivo, que é um evento raro, foi o mais mortal desde os três dias de hostilidades entre Israel e a Jihad Islâmica em agosto de 2022, quando 49 palestinos morreram em Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza acrescentou que quatro crianças e quatro mulheres estão entre os mortos. Metade dos feridos é de mulheres e crianças, e vários estão em estado crítico no hospital, disse o órgão.
Antecipando outro ataque com foguete, os militares israelenses aconselharam os moradores de comunidades dentro de 40 quilômetros de Gaza a ficarem perto de abrigos antiaéreos designados.
A ala militar da Jihad Islâmica, as Brigadas al-Quds, confirmou a morte de três de seus comandantes, junto com suas esposas e vários de seus filhos. Ele foram identificado como Jihad Shaker al-Ghannam, secretário do Conselho Militar das Brigadas al-Quds; Khalil Salah al-Bahtini, comandante da Região Norte; e Tariq Mohammed Ezzedine, “um dos chefes da ação militar” na Cisjordânia ocupada.
Tareq Selmi, porta-voz do grupo, disse que o “crime de Israel não ficará impune”. Para prestar homenagens, grandes multidões compareceram aos funerais após as orações do meio-dia.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que suas forças “realizaram precisamente sua missão contra a liderança da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza”. E acrescentou: “Qualquer terrorista que prejudique cidadãos israelenses se arrependerá”.
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