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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Múltiplas crises globais são luta crescente para erradicar casamento infantil, diz Unicef

Apesar do declínio no número de casos de casamento infantil na última década, crises em várias partes do mundo, incluindo conflitos e choques climáticos, estão impedindo a erradicação da prática. A conclusão é de um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgado nesta quarta-feira (3), que aponta outras ameaças aos ganhos conquistados, incluindo a crise causada pela Covid-19

A diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, afirma que “o mundo está sendo absorvido por crises em cima de crises que estão esmagando as esperanças e sonhos das crianças vulneráveis, principalmente meninas que deveriam estar na escola, não se tornando noivas.” 

A chefe da agência lembra que as crises econômicas e de saúde, conflitos armados e efeitos da mudança climática estão forçando famílias inteiras e procurarem um “falso senso de refúgio no casamento infantil.” 

Em todo o mundo, pelo menos 640 milhões de meninas e mulheres se casaram na infância. É uma média de 12 milhões de crianças por ano, de acordo com as estimativas globais incluídas na análise. 

Protesto popular contra o casamento infantil no Malawi (Foto: Flickr)
Ritmo de combate tem que ser 20 vezes mais rápido 

A fatia de mulheres jovens que se casaram na infância caiu de 21% para 19% desde os últimos dados, divulgados há cinco anos. Mas, apesar do pequeno avanço, as reduções globais teriam que ser 20 vezes mais rápidas para se alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável até 2030. 

A África Subsaariana, que atualmente concentra o segundo maior nível global de crianças casadas, com 20% dos casos, está a 200 anos de terminar com a prática, se mantiver as taxas atuais de matrimônios infantis.  O rápido crescimento da população, ao lado de crises correntes, deve levar a uma alta no número de crianças nessas condições. 

América Latina e Caribe estão caminhando para alcançar o segundo maior nível regional de casamentos infantis até 2030. 

Reduções globais 

Após ganhos consistentes no Oriente Médio, no Norte da África, no leste da Europa e na Ásia Central, essas regiões também estão estagnando. 

O sul da Ásia continua liderando as reduções globais e deve eliminar o casamento infantil em 55 anos, segundo o relatório. Mas atualmente a área tem 45% de todas as noivas-crianças. 

A Índia registrou avanços nas recentes décadas, mas ainda contabiliza um terço de todos os casos globais.  

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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