O chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou no domingo (21) preocupação com os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte. Durante sua visita à Coreia do Sul, foi anunciado um acordo de cooperação em defesa entre os dois países, visando a proteger segredos militares e garantir a operação da cadeia de suprimentos da indústria de defesa. As informações são da rede Deutsche Welle (DW).
Scholz, o primeiro chanceler alemão a visitar a capital sul-coreana para um encontro bilateral em 30 anos, destacou que os testes norte-coreanos representam uma ameaça à paz e segurança na região, e pediu que Pyongyang os interrompa.
A agenda de Scholz incluiu um importante encontro com o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol. A segurança no Indo-Pacífico, as mudanças climáticas e a invasão russa da Ucrânia foram temas discutidos durante as negociações.
Além disso, as relações econômicas foram uma prioridade, com Berlim buscando diversificar a economia alemã, reduzindo a dependência da China e fortalecendo os laços com outros países asiáticos.
Scholz expressou esperança de que a Coreia do Sul invista em seu país para a produção de chips. Ele enfatizou que ambos os países trabalharão para fortalecer suas relações comerciais, especialmente nos setores de alta tecnologia e energia limpa.
Berlim e Seul também querem trabalhar ainda mais de perto no caminho para a neutralidade climática. Scholz ficou satisfeito com o desejo da Coreia do Sul de ingressar no Climate Club Internacional – iniciativa que reúne países e organizações comprometidos com a luta contra as mudanças climáticas –, iniciado pela Alemanha.
“A partir de agora, espero que a Coreia do Sul e a Alemanha expandam ainda mais a cooperação recíproca e voltada para o futuro e fortaleçam a solidariedade pela paz e prosperidade da Europa e da Ásia”, disse Yoon em comentários de abertura na reunião com Scholz.
Scholz também fez uma visita à zona desmilitarizada (DMZ) que separa a Península Coreana. Acompanhado por sua esposa Britta Ernst, Scholz foi ao quartel azul localizado na DMZ ao longo da fronteira com a Coreia do Norte, onde o acordo de armistício foi negociado em 1953, encerrando a guerra de três anos.
O chanceler enfatizou a importância e a emoção dessa visita à fronteira, considerando a experiência vivida pela Alemanha durante a divisão entre 1949 e 1990. Essa comparação histórica sinaliza a relevância do encontro e a compreensão das questões de divisão e reconciliação.
“A Alemanha agora está reunificada. É uma grande fortuna que temos.” Visitar a fronteira coreana mostrou como isso é uma sorte, acrescentou.
A Coreia do Sul é a quarta maior economia da Ásia, ficando atrás apenas da China, Japão e Índia.
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