Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Especialistas em direitos humanos da ONU expressaram sérias preocupações com alegações de detenção e trabalho forçado de integrantes da minoria étnica uigur, na China. Em comunicado conjunto, 16 especialistas em direitos humanos pediram acesso irrestrito ao país asiático para realizar uma missões de apuração dos fatos.
As informações, recebidas pelo Conselho de Direitos Humanos, apontam que pelo menos 150 empresas chinesas e internacionais poderiam estar incluídas nas alegações de abusos dos direitos humanos.
Para os relatores, será preciso fortalecer o diálogo com o governo da China. Eles acreditam que uma viagem oficial ao país seria uma oportunidade ideal para avaliar a situação de perto. Os relatos recebidos pelos especialistas indicam que os trabalhadores da etnia uigur estariam sendo alvos de maus tratos, trabalho forçado e detenções arbitrárias
O presidente do grupo, Dante Pesce, afirma que os funcionários trabalham à força em indústrias pouco qualificadas e de mão de obra intensiva, como o agronegócio, têxtil e vestuário, automotivo e setores tecnológicos.
Direitos das minorias
Os relatores apelaram ao governo chinês a suspender, de imediato, qualquer medida que não esteja de acordo com as normais e leis internacionais incluindo o de direito das minorias. Eles enviaram cartas à China e a empresas privadas fora do país, além de governos de 13 países que abrigam as multinacionais.
No documento, o grupo relembra as obrigações dos países de origem sob os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Negócios e Direitos Humanos. As cláusulas garantem que as companhias respeitem todos os direitos humanos em suas operações.
O vice-presidente do Grupo de Trabalho, Surya Deva, disse que as empresas não podem fechar os olhos. O primeiro indicativo é a realização de diligências adequadas de direitos humanos de acordo com os Princípios Orientadores da ONU.
Esses processos servirão para identificar, prevenir, mitigar e responder por abusos de direitos humanos, contribuídos ou diretamente ligados às suas operações, produtos ou serviços na província de Xinjiang e em outras regiões chinesas.
Ao mesmo tempo, o governo chinês deve agir para que todas as empresas que operam no país conduzam seus trabalhos com base em padrões internacionais de direitos humanos.
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