Uma ofensiva militar em 13 das 34 províncias do Afeganistão prendeu 407 militantes do EI (Estado Islâmico) e matou outros 135 membros do Taleban entre segunda e terça-feira (27). Em comunicado, o ministério da Defesa do país anunciou que outros 92 combatentes ficaram feridos, confirmou a agência iraniana Mehr.
O chefe da inteligência afegã, Ahmad Zia Siraj, relatou em entrevista à agência turca Anadolu que os detidos vêm de 14 países, incluindo Paquistão, Turquia e Irã.
Conforme Ahmad, o EI e a Al-Qaeda estão “intensamente ativos” no Afeganistão. “Os países vizinhos e as potências globais devem tomar medidas para ajudar a conter a rápida propagação desses grupos”, alertou. O Exército diz ter apreendido diversas armas, munições e minas terrestres deixadas pelos grupos.
A ofensiva de Cabul tenta combater a violência crescente do Taleban desde o impasse que adiou a mais recente tentativa de negociação pelo cessar-fogo no Afeganistão, no último dia 14.
O grupo islâmico não participou da cúpula mediada pelos EUA e pela ONU (Organização das Nações Unidas) na Turquia. Com a recusa, Washington transferiu a reunião para maio e ampliou o prazo para retirada das tropas aliadas do Afeganistão para 11 de setembro deste ano, quando os atentados de 2001 nos EUA completam 20 anos.
Conforme a emissora afegã Tolo News, 44 civis e 81 soldados foram mortos em diferentes incidentes desde o início do Ramadã. O mês sagrado para os muçulmanos começou no dia 13.
A violência distancia o Afeganistão de um acordo para a paz desde que os EUA negociaram a saída das tropas do país com o Taleban, em fevereiro de 2020. Para o governo afegão, os talibãs buscam gerar insegurança no país e, assim, pleitear vantagens nas negociações do acordo de paz.
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