O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, cedeu à pressão gerada pelos militares amotinados na capital, Mogadíscio, e convocou eleições nesta quarta-feira (28). As informações foram confirmadas pela emissora alemã Deutsche Welle.
Farmajo garantiu que se dirigirá ao Parlamento no sábado (1). No último domingo, soldados amotinados – ainda de farda – assumiram posições-chave em Mogadíscio e iniciaram um tiroteio pela renúncia do presidente.
O pleito deveria acontecer em fevereiro, mas foi adiado após disputas entre o governo e os estados de Puntland e Jubbaland, redutos da oposição. A eleição seria a primeira direta desde o início da guerra civil, em 1991. O conflito se intensificou quando o Parlamento somali concordou que Farmajo prorrogasse seu mandato em mais dois anos.
Em um comunicado transmitido na rede nacional de televisão, o presidente afirmou que conduzirá eleições e apela que todos os partidos do país travem qualquer “ameaça à estabilidade, politização das forças, divisões e vandalismo”. Farmajo também afirmou que não pretende “se prolongar no cargo”.
O presidente ainda acusou governos estrangeiros de tentar desestabilizar a nação do chifre da África. “Infelizmente, alguns indivíduos e governos estrangeiros frustraram a decisão”, disse. “Eles querem causar destruição e dividir a Somália para nos colocar em uma crise constitucional”.
A maioria pertence ao clã dos ex-presidentes Sheikh Mohamud e Sharif Sheikh Ahmed, que já prometeram destituir Farmajo caso não renuncie ou retome as negociações sobre o adiamento das eleições. Diversos moradores deixaram a cidade para fugir da violência, reportou a agência turca Anadolu. Até o momento, há confirmação de três mortos em tiroteios.
O post Farmajo convoca eleições na Somália após motim contra seu governo apareceu primeiro em A Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos