Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Instituições parceiras que intervém na área de desenvolvimento em África alertam para a situação de cerca de 246 milhões de pessoas correndo risco de passar fome. A situação ocorre apesar dos ganhos positivos e contínuos na economia em muitos países.
Esta quinta-feira, o Diálogo de Alto Nível sobre Alimentação da África juntou instituições regionais e de pesquisa, líderes empresariais, setor privado, agências de investimento, academia, sociedade civil e especialistas.
A análise de dados sobre o continente realça que a situação da pandemia Covid-19 expôs fissuras nos sistemas alimentares do continente, que já estava sob pressão da mudança climática, conflitos e pragas.
Para o grupo de instituições, é necessário aumentar investimentos e parcerias com urgência para promover a transformação agrícola da África através da tecnologia e inovação.
Na ocasião, o presidente do Fundo da ONU para Agricultura, Fida ou Ifad, Gilbert Houngbo, defendeu a promoção de sistemas alimentares como o motor de crescimento do continente africano.
Entre os organizadores do evento “Alimentando a África: Líderes Impulsionando Inovações de Sucesso” também estão o Banco Africano de Desenvolvimento, o Fórum para Pesquisa Agrícola em África e a Organização do Sistema Cgiar.
Madagascar
Participaram chefes de Estado africanos, altos funcionários de governos e líderes de bancos multilaterais de desenvolvimento.
Um dos exemplos da crise é Madagascar, onde centenas de milhares de africanos estão à beira da fome. Num alerta feito em separado, o Programa Mundial de Alimentos aponta um aumento contínuo de taxas de desnutrição aguda.
A agência apela a uma ação urgente para ajudar a ilha do Oceano Índico a enfrentar a crise humanitária onde grande parte dos distritos do sul vive uma emergência nutricional.
Desnutrição aguda
A Desnutrição Aguda Global em crianças menores de cinco anos quase subiu para o dobro nos últimos quatro meses. O índice de fome entre os africanos atingiu 16,5%, de acordo com uma avaliação recente realizada pelo Ministério da Saúde.
Crianças estão em maior risco em áreas como Ambovombe, onde a taxa ultrapassou 27%. A situação coloca em risco a vida dos menores porque são quatro vezes mais propensas a morrer do que as crianças saudáveis.
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