Os líderes da Armênia e do Azerbaijão aceitaram integrar uma frente trilateral para finalizar um acordo sobre os conflitos na região sob litígio de Nagorno-Karabakh. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mediará o impasse, confirmou o Kremlin.
Apesar do cessar-fogo acordado em 9 de novembro e após mais de 4,7 mil mortes no mais recente confronto entre os dois países, ainda há questões pendentes.
“Infelizmente, este conflito ainda não está resolvido”, disse o premiê armênio Nikol Pashinian, que enfrenta intensa pressão para renunciar.
A defasagem militar forçou o recuo da Armênia quando tropas azeris se aproximavam da capital regional, Stepanakert. Assim, grande parte de Nagorno-Karabakh e sete distritos estão sob domínio do Azerbaijão – a despeito da população de maioria armênia.
Putin, Pashynian e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, devem supervisionar o desbloqueio de todas as “ligações econômicas e de transporte da região”, diz a nota. A primeira reunião deve ocorrer até 30 de janeiro.
A trégua prevê um corredor protegido pela Rússia desde o sul da Armênia até a fronteira azeri, em Naxcivan, próximo à Turquia, seu aliado regional, apurou a Radio Free Europe.
Primeiros passos
O primeiro passo veio nesta segunda-feira (18), quando o chanceler russo, Sergei Lavrov, confirmou a devolução de todos os prisioneiros azeris capturados durante o conflito.
Alguns soldados armênios permanecem detidos, apesar de Yerevan não ter apresentado uma lista dos procurados. As forças russas permanecem em contato com as famílias armênias para identificar os desaparecidos no conflito, disse a Reuters.
Na comunidade internacional, Nagorno-Karabakh é reconhecido como parte do Azerbaijão. A maioria étnica armênia da região, contudo, rejeita o domínio azeri e expulsou as tropas da região em 1994. A disputa estava adormecida até o reinício dos confrontos em setembro de 2020.
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