Correio de Piedade

Jornal Correio de Piedade - Acompanhe as últimas notícias de Piedade e região, economia, política, nacional, internacional, Tv, ciência e tecnologia.

Hospedagem de sites ilimitada superdomínios

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Presidente chama acordo de paz da guerra civil em El Salvador de ‘farsa’

Depois de classificar os acordos de paz como uma “farsa”, no dia 12, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, decretou o fim das celebrações ao termo que encerrou a guerra civil do país, em 1992.

O anúncio veio no domingo (17), um dia após a data de comemoração pela assinatura dos acordos mediados pela ONU (Organização das Nações Unidas). “A partir de agora, 16 de janeiro será o Dia das Vítimas do Conflito Armado”, disse Bukele no Twitter.

“Deixaremos de comemorar aqueles que ordenaram suas mortes e começaremos a comemorar aqueles que deveriam ser comemorados”. Para o presidente, a assinatura dos acordos não representou nenhuma melhoria ao país.

Bukele decreta fim de celebração a acordos de paz de El Salvador
Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, em Nova Iorque, 2019 (Foto: UN Photo/Laura Jarriel)

“Ao contrário, só representou o início de uma etapa de maior corrupção, exclusão social e enriquecimento fraudulento dos mesmos setores que firmaram [o acordo]”, apontou.

Bukele se referia aos partidários da FMLN (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional). Formada por ex-combatentes, a sigla de oposição ao governo de Bukele governou o país de 2009 a 2019.

No dia 12, o presidente já havia afirmado que um “grupo de aproveitadores” abandonou o país e lucrou em “um negócio chamado guerra e outro negócio chamado acordo de paz”, registrou o jornal salvadorenho “La Prensa”.

Os acordos de paz em El Salvador

O anúncio vem na esteira da celebração que reuniu mais de três mil veteranos do Exército e ex-guerrilheiros pelos 29 anos do fim dos confrontos. Na comemoração, os veteranos rejeitaram o acordo como “farsa” e manifestaram contrariedade à política de Bukele.

O agravamento das injustiças sociais, o fechamento de espaços políticos e a repressão militar foram o estopim para a guerra civil de El Salvador, em 1980. Até 1992, foram mais de 75 mil mortos e oito mil desaparecidos.

Os acordos de paz permitiram ainda o reajuste do sistema judicial e a criação de novas instituições de direitos humanos. Além disso, a criação da polícia civil substituiu três órgãos de segurança anteriores, considerados ilegais.

O post Presidente chama acordo de paz da guerra civil em El Salvador de ‘farsa’ apareceu primeiro em A Referência.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos

Traduza

Adbox