A decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), desta terça (5), em promover uma redução geral da produção de petróleo já forçou o aumento nos preços dos barris e deve gerar alta no valor dos combustíveis em todo o mundo.
Nesta quarta (6), os valores cresceram até 5% nos EUA – nível mais alto desde fevereiro de 2020, apontou a Reuters. Em três dias, o aumento foi de 6,6% no petróleo norte-americano Brent, que ficou em US$ 54,45 por barril.
Analistas estimam que o preço do barril Brent deve chegar a US$ 65 no final de 2021. O aumento tem base no anúncio de cortes na produção da Arábia Saudita, hoje a maior exportadora de petróleo do mundo. O país já chegou a produzir 11 milhões de barris por dia.
A explosão de infecções por Covid-19 alimenta o receio dos produtores, que temem um novo impacto na demanda por combustíveis.
Após divergências, os membros da Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, optaram por manter a produção estável em fevereiro e março. A medida permite que a Rússia e o Cazaquistão aumentem a produção em 75 mil barris por dia nos próximos dois meses.
Ao todo, a produção russa será de 9,2 milhões de barris por dia. O volume se aproxima da produção de Riad, após uma disputa interna na Opep. Enquanto os sauditas defendiam cautela, os russos pressionavam pelo aumento dos preços.
Sem acordo até segunda-feira (4), grandes produtores decidiram ceder para evitar o distanciamento dos comerciantes inseguros pela guerra nos preços, relatou o norte-americano “The New York Times”.
“Essa foi uma ideia desenvolvida internamente. É um gesto de boa vontade”, disse o ministro do petróleo saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman.
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