Empresas de cannabis estão competindo para serem as primeiras listadas na Bolsa de Valores de Londres. A corrida vem na esteira do aval do governo aos fabricantes que beneficiam a maconha para fins medicinais, em dezembro.
Conforme o diário britânico “Financial Times”, uma das empresas na disputa é a Kanabo, responsável pelo desenvolvimento de logística para a distribuição de derivados de cannabis por meio de vaporizadores.
A empresa baseada em Tel Aviv, em Israel, negocia com investidores uma IPO (Oferta Pública Inicial, em inglês) até fevereiro.
Já a australiana MGC, que vende tinturas de THC e desenvolve um medicamento para epilepsia a partir da maconha, espera arrecadar até 5 milhões de libras esterlinas (R$ 35,6 milhões) com a inserção na Bolsa.
O Reino Unido legalizou a cannabis medicinal ainda em 2018, mas as empresas do setor demoraram a entrar no mercado devido às incertezas sobre os regulamentos da listagem.
Inclusão beneficia pesquisa
O provedor de dados Brightfield Group avaliou o mercado europeu e de Londres de cannabis medicinal em 330 milhões de libras esterlinas em 2020.
Já o mercado de CBD, canabinoide não classificado como droga e vendido com receita médica, foi estimado em 1,4 milhão de euros no ano passado.
A expectativa da MGC é que os recursos levantados em ações possam financiar os ensaios clínicos de medicamentos contra a epilepsia. A pesquisa já vai para a fase 2 e traz avanços sobre os benefícios da maconha nas lesões cerebrais.
Outra possibilidade é alavancar o estudo para identificar um possível tratamento contra a Covid-19 e outras doenças infecciosas que dão origem à pneumonia, usando a cannabis como medicamento.
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