O co-chefe da iniciativa Covax, da OMS (Organização Mundial da Saúde), Seth Berkley, apontou em entrevista à emissora norte-americana CBS, no domingo (4), que as vacinas contra a Covid-19 devem chegar a 100 países nas próximas semanas. Até agora, 84 nações receberam as doses.
Até agora, o principal fator limitante é a escassez de suprimentos, disse Berkley. “Se tivéssemos mais doses, poderíamos disponibilizá-las”, disse o diretor executivo da Gavi Alliance, parceria público-privada para o fornecimento de vacinas aos países em desenvolvimento.
Enquanto países como EUA, Reino Unido e Israel largaram na frente na imunização, mais de 30 países ainda não iniciaram ou estão no começo das campanhas de vacinação. Esse número inclui grande parte da África. “A desigualdade é o grande desafio”, disse o epidemiologista.
O Covax já pediu mais de dois bilhões de doses, a maioria prevista para a segunda metade de 2021. Ainda assim, não há segurança enquanto surgirem novas variantes e os países insistirem no “nacionalismo de vacinas”, defende Berkley.
A Índia, por exemplo, o maior fornecedor de vacinas do mundo, cortou as exportações para implementar a vacinação de seus mais de 1,3 bilhão de cidadãos. Em consequência, a saída de cerca de 90 milhões de doses está paralisada entre março e abril.
“Só estaremos seguros se todos estivermos seguros”, disse Berkley. “Se tivermos populações não vacinadas, há sempre o risco de surgirem novas variantes que se espalham rapidamente, como vimos que este vírus é capaz de fazer”.
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