O governo da Arábia Saudita definiu na segunda (5) que apenas pessoas imunizadas da Covid-19 poderão realizar a peregrinação da “umrah”, nos locais sagrados para os muçulmanos na cidade saudita de Meca, durante o Ramadã. O mês sagrado começa no dia 13 e vai até 12 de maio.
A autorização inclui pessoas que já receberam as duas doses da vacina, os que receberam uma dose há pelo menos 14 dias ou indivíduos que se recuperaram do vírus, disse o ministério do Hajj, responsável por coordenar o fluxo de turismo religioso no país.
O governo também afirmou que aumentará a capacidade operacional da mesquita sagrada de Meca em conformidade com as restrições de contenção à Covid-19, registrou a agência catari Al-Jazeera. Não está claro se as medidas do Ramadã se estenderão à peregrinação anual do Hajj.
No ano passado, a pandemia fez com que apenas dez mil muçulmanos sauditas pudessem participar da tradicional peregrinação. O evento, um dos principais atrativos econômicos do reino, chegou a reunir 2,5 milhões de islâmicos em 2019.
Com 34 milhões de habitantes, a Arábia Saudita registrou 394 mil casos confirmados de contágios por Covid-19 e pouco mais de 6,7 mil mortes em decorrência do vírus. O ministério da Saúde do reino disse ter administrado mais de cinco milhões de vacinas.
A exigência saudita deve impulsionar a ideia dos “passaportes de vacinas”. O conceito sugere um aval para a reabertura das fronteiras internacionais para indivíduos imunizados, mas enfrenta críticas por excluir países empobrecidos sem amplo acesso à vacinação.
A China já implementou um “certificado de saúde” para cidadãos chineses que viajam ao exterior. O Reino Unido considera exigir uma prova da vacinação no acesso a espaços públicos, como bares e eventos esportivos.
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