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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Suécia fala em ‘ameaça à segurança’ e expulsa do país cinco diplomatas russos

O governo da Suécia anunciou na terça-feira (25) a expulsão de cinco diplomatas russos acusados de exercerem funções incompatíveis com os cargos ocupados. As informações são da agência Reuters.

No anúncio das expulsões, Estocolmo disse levar muito a sério ameaças à segurança representadas por agências estrangeiras de inteligência, dando a entender que os indivíduos expulsos exerciam o papel de espiões a serviço de Moscou.

“Cinco pessoas que trabalham na embaixada (da Rússia) foram convidadas a deixar (a Suécia) como resultado de atividades incompatíveis com a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas”, diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores sueco. “Esta é uma ameaça à segurança que o governo leva muito a sério”.

Prédio da embaixada da Rússia em Estocolmo, na Suécia: espiões infiltrados (Foto: Twitter/RusEmbSwe)

Casos com o da Suécia têm se acumulado desde o início da guerra na Ucrânia, com centenas de diplomatas russos expulsos por países sobretudo europeus sob suspeita de espionagem.

Um levantamento feito pela revista Foreign Policy em abril de 2022 mostrava que cerca de 400 expulsões de membros do corpo diplomático russo haviam ocorrido após a invasão da Ucrânia por tropas russas, no dia 22 de fevereiro do ano passado.

No período analisado, 24 dos então 30 países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já haviam expulsado diplomatas russos. Em certos casos, a decisão era uma represália pela agressão injustificada de Moscou à nação vizinha, enquanto outros estavam ligados a suspeitas de espionagem.

E os números certamente aumentaram desde abril do ano passado, com novos casos registrados desde então. O país que mais recentemente adotou tal postura foi a Noruega, que expulsou 15 diplomatas russos já neste mês de abril. Na ocasião, Anniken Huitfeldt, ministra das Relações Exteriores norueguesa, observou que “a Rússia atualmente representa a maior ameaça de inteligência” para o país escandinavo.

Embora o problema dos agentes de inteligência infiltrados na diplomacia exista há anos, foi após a guerra que as nações ocidentais resolveram tomar uma atitude para coibir a prática. Quem antes fazia vista grossa para o problema passou a considerá-lo intolerável.

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