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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Sob pressão, militares ganham apoio da oposição e avaliam futuro político da Guiné

Com o apoio dos líderes da oposição política nacional, a junta militar que assumiu o governo da Guiné no golpe de Estado do dia 5 de setembro começa a debater o futuro do país. Sob pressão dos mediadores locais e da opinião pública internacional, o coronel Mamady Doumbouya avalia as possibilidades, entre elas a de uma nova eleição democrática. As informações são da agência Associated Press.

A oposição se manifestou a favor do golpe na terça-feira (14), durante uma cúpula de governo para debater os próximos passos da transição política. No início do mês, os militares prenderam o ex-presidente Alpha Conde em função de uma manobra política que, na visão dele, permitira ampliar o próprio governo para um terceiro mandato, o que gerou intensos protestos populares no final do ano passado.

Coronel Mamady Doumbouya, líder da junta militar que comanda a Guiné desde o golpe de 5 de setembro (Foto: reprodução/Twitter)

Para os oposicionistas, a própria manobra de Conde foi um golpe de Estad, o que serviria de justificativa para dar apoio à ação recente dos militares. “Isso não foi legal, você sabe. É por isso que tivemos um golpe militar para impedir o golpe institucional e constitucional”, disse Ousmane Kaba, líder do partido opositor Democratas pela Esperança. “E eu acho que a comunidade internacional deveria nos ajudar, deveria ajudar a Guiné a ter uma boa transição”.

Internacionalmente, porém, o golpe não foi bem recebido. Mesmo os vizinhos africanos contestam a deposição de Conde. O Ecowas, bloco que engloba nações da África Ocidental, ameaça punira a Guiné com sanções econômicas caso o ex-presidente não seja libertado.

Algo semelhante aconteceu no Mali em agosto do ano passado, igualmente após um golpe de Estado que colocou os militares no poder. O bloco concedeu um ano para que a junta malinesa realizasse novas eleições democráticas, sob risco de sanção. Posteriormente, ampliou esse prazo para 18 meses, e nem isso impediu o coronel Assimi Goita de aplicar um segundo golpe, em maio deste ano, quando efetivamente assumiu o governo.

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