Os Emirados Árabes Unidos alteraram as regras para visto permanente no último sábado (1) em uma medida para impulsionar a economia, apontou a Bloomberg. A possibilidade de cidadania tem um seleto grupo de estrangeiros como público-alvo e mira transformar o país em um “atrativo de talentos”.
Com a mudança, expatriados que antes eram encorajados a deixar o território ao fim de seus trabalhos agora são estimulados a permanecer no país – desde que seus rendimentos sejam compatíveis com as expectativas do governo. O governo espera aumentar os gastos domésticos e sustentar o preço das propriedades.
De acordo com o britânico “Financial Times”, os executivos Tim Clark, de Aruba e Tony Douglas, dos EUA, chefes das companhias aéreas Emirates e Etihad Airways já são cidadãos. O ex-jogador espanhol do Real Madrid, Michel Salgado, também recebeu um passaporte. Hoje ele dirige um clube de futebol em Dubai.
A lista de novos cidadãos inclui os fundadores da Careem, um aplicativo de carona comprado pelo Uber, e o Souq.com, grupo de comércio eletrônico adquirido pela Amazon popular no Golfo Pérsico.
“Queremos que as pessoas chamem Abu Dhabi de casa”, disse o presidente do departamento econômico da capital emirati, Mohammed Al Shorafa Al Hammadi. “Não queremos que a permanência seja de curto prazo, mas para crescer e viver até a aposentadoria”.
Baixa do petróleo forçou mudança
Os cidadãos com visto permanente dos Emirados Árabes Unidos podem viajar pelos países do Golfo sem visto e adquirir propriedades em qualquer lugar do país e não apenas em zonas designadas para compradores estrangeiros.
Os residentes estrangeiros representam mais de 80% da população do país do Oriente Médio. Até a alteração, eles não tinham direito à cidadania mesmo se tivessem nascido e sido criados no território.
Na pandemia, 8,4% da população de Dubai deixou o país – a grande maioria depois que o residente principal perdeu o emprego. A queda nos preços do petróleo, porém, podem ter forçado as autoridades a mudar de ideia.
A mudança também deve incluir “golden visas” de dez anos para milhares de profissionais expatriados e suas famílias – os portadores desses vistos recebem regalias após investimentos no país. Na regra anterior, os trabalhadores tinham que pagar até US$ 2 mil – R$ 10,5 mil – para um visto de residência a cada três anos. Com várias exigências, os processos incluíam testes de HIV, entre outros.
Membros do governo adiantaram a possibilidade de Abu Dhabi descriminalizar a homossexualidade e abrir cassinos para impulsionar o setor de turismo. Em abril, porém, o governo emirati negou que licenciaria os jogos de azar.
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