Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a Bolívia deve garantir os trâmites de processos em curso e a total transparência de seu sistema jurídico.
A declaração vem do porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, após a prisão de ex-ministros do governo da Bolívia e da ex-presidente do país, Jeanine Áñez. Guterres reiterou o compromisso de continuar colaborando com todas as partes do país para consolidar a paz.
A crise política começou em 2019 quando o então presidente Evo Morales declarou vitória nas eleições presidenciais, concedendo a ele um quarto mandato.
Com o resultado, os bolivianos saíram às ruas em protestos que mataram dezenas de pessoas e feriram centenas. Em novembro, Evo Morales deixou o país. Com isso, Jeanine Áñez tornou-se presidente interina, mas em outubro passado, o partido MAS (Movimento ao Socialismo), do ex-presidente Morales ganhou as eleições gerais.
Diálogo político
Antes da prisão de Áñez, a ex-presidente da Bolívia e outros políticos de oposição foram acusados de “participação em um golpe de Estado” por promotores do país.
Numa rede social, Jeanine Áñez afirmou que que é “vítima de uma caça às bruxas e que seu mandado de prisão listava acusações de terrorismo, sedição e conspiração”.
Dujarric lembrou de passos importantes dados por todos os atores bolivianos para a consolidação da paz e reiterou o compromisso das Nações Unidas em apoiar esses esforços. A organização está pronta para ajudar com o diálogo político e a promoção dos direitos humanos, caso solicitada.
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