Uma tentativa de ataque do Al-Shabaab terminou com 76 militantes mortos no sábado (3), na Somália. O exército respondeu à violência do grupo terrorista, filiado à Al-Qaeda, e capturou outros dez combatentes na região sudoeste do país africano, segundo informações da agência de notícias turca Anadolu.
Militantes investiram contra as bases militares de Bariire e Awdhigle, na região do Baixo Shabelle, no início da manhã com veículos carregados de explosivos. Antes de serem derrotados, os extremistas mataram diversos soldados e um oficial do Exército somali. Os nomes não foram divulgados.
Pouco antes, o Al-Shabaab teria disparado explosivos contra as aldeias vizinhas de Sabiid e Anole e detonado carros-bombas em Lafoole. O grupo também diz ter capturado veículos militares e matado 47 soldados no ataque à base de Bariire.
O distrito fica a 73 quilômetros da capital somali, Mogadíscio, onde cinco menores morreram em um atentado suicida também no sábado. As vítimas são quatro jovens e uma criança que estavam em um salão de chá, disse a polícia. Outros quatro menores ficaram feridos, noticiou a emissora francesa RFI.
Segurança frágil
A já frágil segurança na Somália se deteriorou desde os ataques que causaram o adiamento das eleições do país, previstas para 24 de janeiro. Na sequência, o vácuo de poder impulsionou ataques do grupo, vinculado à Al-Qaeda e ativo há pelo menos 16 anos.
Os extremistas controlam áreas no sul do país, onde é comum que soldados de paz da UA (União Africana) morram em emboscadas e bombardeios. Dados apontam que o Al-Shabaab esteve em 440 episódios violentos no país entre julho e setembro – o maior número desde 2018.
Sem as tropas norte-americanas, restam o Catar e a Turquia como aliados estrangeiros. A nação do Golfo Pérsico oferece dinheiro e ajuda humanitária, enquanto a Turquia treina cerca de 10 mil soldados.
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