Autoridades do Iraque confirmaram a execução por enforcamento de três homens condenados por terrorismo na famosa prisão de Nassíria, no sul do país, confirmou a agência AFP na quarta-feira (3).
O centro de detenção é o único do Iraque a aplicar pena de morte. A execução foi a terceira neste ano – dados oficiais apontam que ao menos 11 condenados foram à forca em 2021.
A primeira execução ocorreu no final de janeiro, quando três homens foram executados após o duplo ataque suicida de Bagdá, que matou 32 pessoas, reivindicado pelo EI (Estado Islâmico).
A medida tem base em uma lei de 2005, que prevê a execução a qualquer pessoa condenada por participar de grupos extremistas. A definição vale mesmo que o acusado não tenha relação com atos específicos.
Tribunais iraquianos condenaram centenas de cidadãos à morte por integrarem o EI após a derrota do grupo, no final de 2017. Desde então, porém, poucas sentenças saíram do papel.
A aplicação passa pela aprovação do presidente do país, Barham Saleh – político que já manifestou ser contra a pena de morte. Em fevereiro, autoridades penitenciárias do Iraque divulgaram a existência de 340 ordens de execução “prontas para serem cumpridas”.
O índice envolvia condenados por terrorismo ou atos criminosos. A grande maioria dos decretos ocorreu antes de Saleh se tornar presidente, em 2018. Apesar da moderação, o Iraque ficou entre os países que mais executou condenados em 2019.
O país do Oriente Médio só ficou atrás de China, Irã e Arábia Saudita, conforme a Anistia Internacional. Sem registros públicos para 2020, fontes judiciais estimam 30 execuções de condenados no último ano.
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