Nove terroristas foram mortos pelas forças da Turquia nesta terça (6), ao tentar se infiltrar na zona de proteção da Operação Eufrates, no norte da Síria. A cerca de 200 quilômetros dali, na região central do país, 19 civis foram sequestrados por militantes do Estado Islâmico.
Os casos representam uma escalada de violência jihadista na Síria. O sequestro é o maior já realizado por extremistas desde que o EI perdeu sua última célula, em 2019. A pandemia, porém, possibilitou uma reunião dos combatentes, que aumentaram seus ataques contra as forças de Bashar al-Assad.
Os extremistas mortos seriam do PKK (Partido dos Trabalhadores Curdos), disse o jornal turco pró-governo “Daily Sabah”. A Turquia criou a zona de Escudo da Operação Eufrates em 2016 para evitar um “corredor do terror” contra extremistas. Ancara classifica o grupo como uma grande ameaça à segurança nacional.
O ataque frustrado não se repetiu na região central da Síria, quando militantes do Estado Islâmico sequestraram 19 pessoas após um ataque às forças do regime de Assad no vilarejo de Al-Saan, província de Hama.
O ataque aconteceu depois que os extremistas sequestraram oito policiais e 11 civis que colhiam frutos. “Os extremistas geralmente matam os sequestrados, especialmente se forem membros das forças do regime”, disse o chefe do Observatório de Direitos Humanos da Síria, Rami Abdel Rahman, ao jornal saudita “Arab News”.
O principal foco de violência se concentra no deserto desde o centro da Síria até a fronteira oriental com o Iraque. Em março, outro ataque jihadista matou um pastor e 500 ovelhas no município de Salamieh, também em Hana. Além de civis e postos de controle, os extremistas avançam sobre instalações petrolíferas mantidas pelas forças dos EUA.
O Estado Islâmico invadiu diversas áreas da Síria e Iraque desde 2014. Uma coalizão de forças internacionais expulsou os remanescentes terroristas do leste da Síria em março de 2019. Alguns, porém, mantiveram a operação no deserto da Badia, região central do país, marcado por uma guerra que completou uma década no dia 15.
Documentos dos EUA apontam ‘traição’ de líder do EI
Amir Al Mawla, atual vice-líder do EI, teria traído o subcomandante do grupo extremista aos interrogadores dos EUA para tomar seu lugar, em 2008. A traição está registrada em documentos recém-desclassificados do TIR (Relatórios de Interrogação Tática) do Pentágono, aos quais o portal de língua inglesa The National teve acesso.
As descrições feitas pela inteligência dos EUA apontam Amir como “muito cooperativo e franco” em um cache de 56 relatórios. Com as informações do predecessor, as forças dos EUA puderam prender e desdobrar diversas células terroristas na área de Mosul, no Iraque.
O FBI (Departamento de Inteligência dos EUA) oferece US$ 10 milhões a quem conceder informações que ajudem a localizar Al Mawla. Washington já designou o líder extremista como um terrorista global.
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