Um ataque de extremistas maoístas matou 22 policiais no estado de Chhattisgarh, região central da Índia, no último sábado (3). O governo indiano, que confirmou as mortes à Reuters, apontou que um soldado segue desaparecido.
Os agentes foram derrotados após uma troca de tiros que se prolongou por quatro horas no distrito fronteiriço de Sukma, a 540 quilômetros da capital estadual, Raipur. Todos pertenciam à unidade de elite da Força Policial Especial.
As forças de segurança indianas lutam contra os guerrilheiros desde 2017 em Chhattisgarh, província dominada por tribos e rica em minerais. Esse é o maior número de mortos em um combate na região.
Em entrevista ao jornal indiano “The Times of India”, o diretor-geral da Força Policial da Reserva Central, Kuldiep Singh, afirmou que 25 a 30 maoístas foram mortos no combate com os seguranças no sábado. Ele negou que tenha havido “falha operacional ou de inteligência” na ação.
Singh afirmou que as forças da Índia já iniciaram “operações de varredura” para localizar um policial que segue desaparecido. “Não toleraremos tal derramamento de sangue. Daremos uma resposta adequada para evitar esses ataques”, disse o ministro do Interior, Amit Shah.
Insurgência maoísta
A insurgência armada dos extremistas maoístas – também conhecidos como Naxals – contra Nova Délhi começou em 1967. O grupo militante, de extrema esquerda, diz defender os pobres que não se beneficiaram com o boom econômico da terceira maior economia da Ásia.
O governo indiano tem o grupo como a maior ameaça à segurança interna do país desde que os maoístas assumiram o controle de vastas extensões de terra no centro e leste da Índia – movimento conhecido como “corredor vermelho”.
O Naxals, porém, não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em março, cinco policiais foram mortos em uma explosão contra um ônibus que transportava mais de 20 seguranças também em Chhattisgarh. Nova Délhi atribuiu o ataque aos maoístas.
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