Uma projeção tomou o lugar dos dois Budas de Bamiyan na noite de 9 de março. A data marcou o vigésimo aniversário da destruição das estátuas milenares, que chegavam a 55 metros, pelas forças do Taleban em 2001, na região central do Afeganistão.
Concluídos no início do século 6, os entalhes nas pedras de arenito do vale de Bamiyan foram, por anos, os Budas mais altos do mundo. Em 2001, porém, líderes talibãs obrigaram 25 prisioneiros a instalar explosivos nas estruturas – um trabalho que levou três dias.
O objetivo da explosão era destruir a imagem budista, religião então predominante na região, alegando uma suposta “idolatria” às imagens. Além das estátuas, o vale também guardava mosteiros e santuários em suas cavernas.
Hoje, os nichos vazios tornaram-se um Parque de Restos Arqueológicos e figuram na lista de Patrimônio Histórico Mundial da Unesco (Agência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
“Não queremos que as pessoas esqueçam que crime horrível foi cometido aqui”, disse Zahra Hussaini, co-organizadora da procissão aos Budas de Bamiyan. Hussaini liderava o grupo que iluminou o vale adormecido em homenagem às estruturas no dia 9.
Sob o espaço vazio, jovens celebraram a história do budismo afegão, apresentaram danças típicas e oraram aos Budas destruídos no local, mostra um relato em vídeo da RFE (Radio Free Europe).
Segundo a Unesco, uma cooperação internacional já investiu US$ 27 milhões na conservação do patrimônio histórico de Bamiyan desde a explosão.
O principal esforço foi manter o nicho que guardava o Buda maior, de 55 metros, e evitar seu desmoronamento. Um estudo investiga a possibilidade de reconstruir as estátuas desde 2017, em uma operação tida como extremamente complexa.
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