Este material foi veiculado originalmente no portal da emissora VOA (Voice of Africa)
Crescem os protestos pela morte do rapper, jurista e ativista cívico de Guiné-Bissau, Bernardo Mário Catchurá. A polícia alega que o artista morreu por falta de oxigênio no Hospital Nacional Simão Mendes.
Na segunda (1), dezenas de guineenses foram até o Ministério da Saúde do país para exigir a responsabilização pela morte de Catchurá. Vestidos de preto e com velas na mão, eles realizaram uma vigília e pediram justiça.
Sana Canté, presidente da organização Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados, dirigida por Bernardo desde a sua criação, disse que Catchurá foi “assassinado por omissão”.
“Quando Bernardo deu entrada em dois hospitais com urgência, precisando de uma intervenção cirúrgica, o dispensaram alegando falta de oxigênio“, relatou. Canté se refere às unidades do Hospital Militar e Hospital Nacional Simão Mendes.
“Isso foi só por ser ele ser um opositor do regime, um inconformado que lutou para a melhoria de condições de vida em Guiné-Bissau e pela afirmação da democracia“, acusa Canté.
Entidades questionam
O Alto Comissariado de Luta Contra COVID-19 do país duvida do argumento de não haver oxigênio no Hospital Simão Mendes. Em comunicado, a estrutura pede a realização de um inquérito para apurar responsabilidades pela morte do ativista.
O vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Victorino Indeque, considera que deve haver responsabilização. “Já vimos médicos que podem socorrer as pessoas e não o fazem. Isso é alarmante e nos faz pensar que qualquer um pode ser vítima”.
Indeque instou o Ministério Público a investigar o caso e processar os culpados. “Sem a responsabilização todos nós podemos cair nesta armadilha”, disse. Até o momento, o governo de Guiné-Bissau não se manifestou sobre a morte do ativista.
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