O chefe da política externa da UE (União Europeia), Josep Borrell, alertou nesta terça (9) sobre a possibilidade de o bloco lançar novas sanções contra a Rússia. Para Borell, Moscou está trilhando um caminho “autoritário e preocupante”.
O catalão afirmou que o Kremlin não tem intenção de desenvolver relações construtivas caso os direitos humanos façam parte da conversa, registrou a Radio Free Europe.
A medida é uma resposta à tensa reunião entre o diplomata e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, no sábado (6), em Moscou. A Rússia expulsou diplomatas de Alemanha, Polônia e Suécia durante o encontro por suposta participação em “manifestações ilegais” pela libertação do oposicionista Alexei Navalny.
“A atual estrutura de poder na Rússia, combinando interesses econômicos e controle militar e político, não deixa espaço para o Estado democrático”, disse Borrell.
“Cabe aos membros da UE decidirem os próximos passos, mas sim, isso pode incluir sanções”, afirmou. Propostas serão discutidas entre os chanceleres da UE em 22 de fevereiro e em uma cúpula em março, informou o representante de Bruxelas.
O mal-estar nas relações entre russos e europeus se agravou após a prisão do líder da oposição Alexei Navalny, detido ao retornar à Rússia em 17 de janeiro. O político passou meses se recuperando de uma tentativa de assassinato pelo veneno novichok, de fabricação russa, na Alemanha.
Desde 2014, o bloco europeu vê com fortes restrições o comportamento da Rússia e impôs a primeira rodada de sanções logo após a anexação da Crimeia, na Ucrânia, de forma unilateral pelo governo Putin.
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