As forças de segurança da Somália realizaram uma operação antiterrorismo que levou à neutralização de 12 terroristas ligados ao Al-Shabaab, grupo extremista associado à Al-Qaeda, em Mogadíscio. A informação foi divulgada na quinta-feira (3) pela Agência Nacional de Inteligência e Segurança (NISA, na sigla em inglês), segundo a rede local Garowe.
“Uma operação especial nesta noite teve como alvo 15 oficiais da AS Mafia (Al-Shabaab) encarregados de interromper a segurança na capital Mogadíscio. Doze terroristas foram mortos. É um dever nacional proteger a segurança e a proteção do povo somali ”, disse NISA, que também anunciou a fuga de outros três terroristas durante a operação.
A ação das forças de segurança ocorre em meio a uma campanha de violência jihadista que registrou ao menos dois ataques a bomba no país nos últimos dias. No mais recente deles, a explosão de um carro-bomba matou oito pessoas em um atentado que visava a um comboio de veículos com representantes da ONU (Organização das Nações Unidas).
Por que isso importa?
O Al-Shabbab chegou a controlar a capital Mogadíscio até 2011, quando foi expulso de lá pelas forças da União Africana. Atualmente, controla territórios nas áreas rurais da Somália e luta para derrubar o governo nacional.
O grupo concentra seus ataques no sul e no centro do país. As atividades envolvem ataques a órgãos e oficiais do governo e a entidades de ajuda humanitária, além de extorsão contra a população local e proteção de terroristas internacionais que se escondem no país.
Dados apontam que os extremistas estiveram em mais de 400 episódios violentos no país entre julho e setembro do ano passado – o maior número desde 2018.
O confronto, porém, atualmente pende para o lado do exército. O objetivo dos militares é reconquistar territórios vitais para a economia do país, numa ofensiva comandada pelo general Odowaa Yusuf Rageh. Em determinadas missões, ele faz questão de liderar pessoalmente os militares.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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