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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Novos casos de Covid-19 sobem 11%, com maior incidência na Europa e nas Américas

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta quarta-feira (29) o último balanço do ano sobre a incidência do coronavírus no mundo. Entre os dias 20 e 26 de dezembro, quase 5 milhões de pessoas foram infectadas, um aumento de 11% em relação à semana anterior. No mesmo período, 44 mil pacientes morreram em decorrência da Covid-19

Os novos casos de Covid-19 em Portugal subiram 81% entre 20 e 26 de dezembro, com mais de 55,2 mil pessoas infectadas no período. Já o Brasil é destacado no balanço da OMS por ser o segundo país das Américas com o maior número de mortes na última semana: 997. Em primeiro lugar aparecem os Estados Unidos, com mais 9,3 mil mortes.  

A OMS informa ainda que a variante Ômicron tem uma vantagem de crescimento em relação à variante Delta, duplicando a cada dois ou três dias. Com isso, vários países estão reportando um rápido aumento de novos casos. A Ômicron já está dominante nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outras nações.

Vacina da Pfizer nos EUA, em dezembro de 2020 (Foto: Departamento de Estado dos EUA/Lisa Ferdinando)

Avaliações preliminares obtidas na África do Sul, na Dinamarca e no Reino Unido sugerem um risco reduzido de internações nos hospitais de pacientes infectados com a Ômicron. Mas a agência da ONU destaca que mais dados são necessários para entender melhor os marcadores clínicos da severidade da doença, incluindo uso de oxigênio, ventilação mecânica ou risco de morte. 

A OMS também tenta entender melhor os impactos da vacinação ou de uma infecção prévia com o vírus na severidade da infecção com a Ômicron. 

A Europa continua sendo a região do mundo com a maior incidência por semana: 304 mil novos casos de Covid-19 por cada 100 mil habitantes, seguida das Américas, onde a incidência é de 144 mil novos casos por 100 mil habitantes. 

Os países do mundo que registraram os maiores números de novos casos na última semana foram: Estados Unidos (1,1 milhão; alta de 34%), Reino Unido (611 mil; alta de 20%), França (504 mil; alta de 41%), Itália (257 mil; alta de 62%) e Alemanha (197 mil; queda de 30%). 

Desde o início da pandemia, há dois anos, foram registrados 278 milhões de casos de Covid-19, sendo que 5,4 milhões de pacientes morreram.

“Vergonha moral”

Ao marcar os dois anos do início do surto de Covid-19, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que é uma “vergonha moral” o mundo não ter atingido a meta de vacinar 40% da população em 2021. Segundo ele, a baixa cobertura vacinal e as falhas nas imunizações custaram vidas e permitiram a mutação do vírus.  

Para 2022, Ghebreyesus reforçou que conta com apoio internacional, especialmente dos países mais ricos e que já iniciaram as doses de reforço, para vacinar 70% da população mundial até julho.  Ele diz que o foco agora é ampliar o número de vacinados antes de seguir com novas campanhas, pois acabar com a desigualdade é a chave para o fim da pandemia.  

Sobre o Brasil, particularmente, o chefe da OMS fez uma avaliação positiva, já que o país se aproxima dos 65% de imunizados.  Ele reforçou que a imunização dos mais vulneráveis deve ser prioridade e destacou a importância de manter as medidas de prevenção. 

Já o chefe do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que a transmissão da nova variante deve seguir tanto na América do Sul como no resto do mundo. Por isso, ele afirma que é hora de preparar os sistemas de saúde, mesmo que o vírus demonstre causar versões mais leves da doença, para evitar falta de recursos para lidar com novas ondas. 

Ryan destaca que, com a cobertura vacinal, especialmente das populações vulneráveis e em locais isolados, sua expectativa é que a fase mais aguda da pandemia, com aumento de mortes e hospitalizações, termine em 2022, já que o coronavírus não deve desaparecer no próximo ano. 

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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