Dois homens foram condenados na sexta-feira (12) por um tribunal na Lituânia por praticarem espionagem para a Rússia. As penas foram de quatro anos e um ano e meio de prisão, informou a rede norte-americana Wral.
De acordo com a Justiça lituana, os acusados, Mindaugas Tunikaitis e Aleksejus Greicius, não se conheciam, mas mantinham contato com o mesmo agente da FSB (Agência de Segurança Federal da Rússia, da sigla em inglês) da região russa de Kaliningrado, um enclave que fica entre a Polônia, Lituânia e o Mar Báltico.
A sentença mais pesada foi dada para Tunikaitis, que não contestou as acusações. Ele argumentou que visitava regularmente Kaliningrado, onde havia sido recrutado por um oficial da FSB. Por um período de quase seis anos, ele observou, fotografou e filmou objetos, além de ter coletado informações online ou por meio de outras pessoas, material posteriormente repassado ao agente federal russo, concluiu o júri.
Já Greicius foi responsável durante quase quatro anos pela organização de eventos que teriam sido parcialmente financiados pelo oficial dos serviços secretos russos não identificado. Ele também fotografou e filmou os acontecimentos e as pessoas presentes nas apresentações. O acusado reuniu informações relacionadas a esses eventos e mandou publicá-las nos meios de comunicação lituanos, repassando o que coletou ao agente da FSB.
Embora ele tenha negado as acusações de espionagem, o tribunal da cidade de Klaipeda concluiu que as evidências reunidas eram suficientes para provar sua culpa.
A ocupação da Lituânia pelos soviéticos durou exatos 50 anos, entre 1940 e 1990. Somente no primeiro ano, calcula-se que 280 mil lituanos foram deportados da União Soviética, sendo que apenas um terço conseguiu voltar para casa. Nos Bálcãs, a ação é classificada como “genocídio”. Hoje, o país faz parte da União Europeia (UE) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
“Pode acontecer”, diz ministro lituano sobre invasão à Crimeia
O Ocidente não pode descartar a possibilidade de um ataque russo à Ucrânia enquanto as atenções do mundo estão direcionadas para a crise migratória de Belarus, segundo o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis. Outra opção possível, na visão dele, é a Rússia estabelecer uma presença militar permanente no país liderado por Alexander Lukashenko, segundo informações da rede Euronews.
“Pode acontecer de qualquer maneira”, disse Landsbergis a repórteres antes de uma reunião com seus colegas da UE. “Eu não excluiria isso como uma possibilidade”, disse ele, acrescentando que sua afirmação tem base na análise de eventos e movimentos de tropas russas.
O ministro também pediu à UE que considere sanções ao aeroporto de Minsk, e não a companhias aéreas internacionais acusadas de levar migrantes para a capital de Belarus, onde se dirigem à fronteira polonesa e tentam ingressar no bloco europeu.
Na semana passada, os EUA emitiram um alerta aos seus aliados da União Europeia sobre a possibilidade de invasão do território ucraniano pela Rússia, em meio à crescente tensão entre Moscou e o bloco por conta de questões de migração e suprimentos de energia. O alerta sobre a Ucrânia soma-se ao impasse mais recente entre Polônia e Belarus, este último um fiel aliado russo.
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