Uma das portas de entrada para o atendimento de pessoas em situação de rua abordadas socialmente pelo programa “HumanizAção” é o Serviço de Obras Sociais (SOS), que oferece acolhida emergencial, tais como alimentação completa, cuidados de higiene e pernoite. Entre as pessoas abordadas, no entanto, muitas sofrem com a dependência química e, sempre que o problema é identificado, são estimuladas a procurar ajuda e tratamento em instituições especializados. Um desses locais é o Grupo de Apoio e Combate a Droga e Álcool Santo Antônio (GRASA), que recebe, também, pessoas encaminhadas pelo programa “HumanizAção”.
“Toda a atenção em saúde necessária é encaminhada para a rede municipal. Nosso trabalho, aqui, é vinculado à assistência social e consideramos que a questão da dependência de álcool e outras drogas é apenas uma parte da pessoa, não seu todo. Por isso, buscamos atender a pessoa de forma ampla, considerando ainda outros aspectos e vulnerabilidades que pode apresentar”, ressalta Gisele Varella Furlan, coordenadora do GRASA.
Ela explica que o tempo de atendimento necessário para essas pessoas varia individualmente. Mas a experiência demonstra que há um período de permanência padrão, em torno de cinco meses, quando já é possível ver resultados muito positivos.
Ao longo deste quase um ano de atividades do programa “HumanizAção”, a Secretaria da Cidadania (Secid) igualmente estabeleceu um fluxo eficiente de atendimento, que tem início com o trabalho no SOS. “Lá, as pessoas recebem os primeiros cuidados, têm acesso à alimentação, banho e podem ter uma boa noite de sono. É a partir desse momento, quando a pessoa manifesta interesse em lidar com a questão da dependência química, que existe a possibilidade de chegar até nós, aqui no GRASA”, completa Gisele.
Segundo pontua a coordenadora, aproximadamente 50% dos atendidos na instituição são pessoas que, antes, estavam em situação de rua. E grande parte desse contingente consegue êxito em se afastar do vício. O próximo e definitivo passo é conquistar autonomia para poder viver de forma independente e fora de uma instituição. “Nós vamos proporcionando tudo isso aos poucos e, pelo menos nos primeiros dois meses de vida independente, monitoramos e damos todo apoio necessário à pessoa”.
O trabalho no GRASA é feito de modo multidisciplinar, envolvendo psicólogos, assistentes sociais e cuidadores. A entidade acolhe, atualmente, 45 pessoas e conta com três equipes multidisciplinares, envolvendo cerca de 20 profissionais.
“A parceria com instituições, como o GRASA, nos permite oferecer atenção especializada para um problema que, infelizmente, é muito comum entre as pessoas em situação de rua e que requer todo nosso empenho para o enfrentamento”, afirma o secretário da Cidadania (Secid), Clayton Lustosa.
Novas abordagens sociais
O programa “HumanizAção” continua sendo realizado diariamente e, na noite desta sexta-feira (3), as equipes abordaram um total de 14 pessoas, sendo que oito delas aceitaram receber acolhimentos no Serviço de Obras Sociais (SOS).
As ações foram realizadas nos seguintes locais: Praça Cel. Fernando Prestes, Praça Frei Baraúna, Rua São Bento, Rodoviária, Praça Pedro de Toledo, Av. Afonso Vergueiro, Av. Paulo Mont Serrat e Rua Adolfo Tardelli.
Integram as equipes do “HumanizAção” profissionais da Controladoria Geral do Município, da Secretaria da Cidadania (Secid) e do SOS (Serviço de Obras Sociais), contando com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo) e Urbes – Trânsito e Transportes.
Munícipes também podem ajudar, informando locais onde haja pessoas em situação de rua necessitando de ajuda, pelos telefones: (15) 3229-0777 (SOS), 153 (GCM) e (15) 3212-6900 (Secid) e também pelos números de WhatsApp da Abordagem Social: (15) 99614-1954 e (15) 99841-6285.
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