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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Covid-19: 17 mil crianças podem morrer se aulas voltarem, aponta professor

Estimativa foi feita por Eduardo Massad, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas em debate virtual realizado pela Fapesp e o Instituto Butantan

Foto reprodução YouTube

Eduardo Massad, fez a declaração na terça feira (14) do debate virtual promovido pela Fapesp e o Instituto Butantan. Massad apontou que o Brasil tem até hoje uma média de 300 crianças mortas por coronavirus, se a volta às aulas acontecer nesse no cenário atual essa contagem chegará a 17 mil mortes.

Eduardo Massad, que é professor Titular da Escola de Matemática Aplicada da FGV, foi categórico ao dizer que se abrir as escolas agora, será um genocídio. Segundo o professor, esses números foram calculados mesmo com uso de máscaras e utilizando o protocolo de distanciamento  de 2 metros. 

Massad diz que existem hoje no Brasil 500 mil crianças portadoras do vírus em circulação , e que somente no primeiro dia de aula ocorrerá 1,700 (mil e setecentos) novas infeções e 38 óbitos; dobrando o número em 10 dias e quadruplicado em 15.

“Absolutamente não pode voltar em setembro, fiz a conta hoje [terça-feira, 14] sobre a volta às aulas. Nós temos, no Brasil, 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você abrir, agora em 1 de agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros, no primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. Então, abrir as escolas agora é genocídio"

“Nós estamos falando de vidas. Se perder um ano letivo, ninguém vai morrer por causa disso. Se a gente abrir sem um planejamento muito bem feito e um monitoramento muito bem feito, vão morrer 17 mil crianças. Há uma impressão de que já se pode voltar para a escola, mas as crianças vão morrer”, enfatizou Massad.

Da redação





















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